Jesus Nosso Senhor vai para o céu depois de cumprir sua missão e nos deixa um mandato para continuar a sua obra. Primeiro, pelo exemplo de vida na prática das virtudes; segundo, pelo apostolado; e terceiro, na luta pela implantação e efetivação de seu reino aqui na terra.
A festa da ascensão de Nosso Senhor mostra que Seu trabalho de redenção da humanidade chegou ao seu final e começou o nosso. Nos Atos dos apóstolos vemos a despedida de Jesus em Jerusalém, e como tudo terminou com sua morte e ressurreição, a promessa de envio do Espírito Santo e a necessidade do testemunho dos que estiveram com Jesus Cristo; os discípulos devem propagar o evangelho até os confins da terra; nós, os católicos, somos aqueles que hoje devem dar testemunho de Cristo no mundo (At 1,8-11)
Na carta de São Paulo aos Efésios temos a interpretação da Ascensão como sendo a glorificação de Cristo e a indicação de que nos será dado o espírito de sabedoria e de luz para nós o conhecermos. Nosso Senhor Jesus Cristo vai para o céu e o caminho fica aberto para aqueles que o conhecerem e praticarem os seus mandamentos. Lá haverá muitas moradas preparadas para nós. Nosso Senhor sempre estará nos ajudando, nos dando a força e nos levantando das quedas (cf. Ef 1,17-23).
São Mateus narra a Aparição de Nosso Senhor, na Galiléia, em que foi dada à Igreja a missão de evangelizar toda a terra: “Partiram, pois, os onze discípulos para a Galiléia, para o monte que Jesus lhes tinha indicado. E, vendo-o, o adoraram; alguns, porém, duvidaram. Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Foi-me dado todo o poder no céu e na terra. Ide, pois, ensinai todas as gentes, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, ensinando-as a observar todas as coisas que vos mandei; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos” (Mt. 28, 16-20).
Para nós católicos, o que é a evangelizar? Em termos concretos significa fazer apostolado. É que em cada pessoa – e à partir de cada pessoa, no mundo todo – há uma luta entre Deus e o demônio. Deus atuando para que cada pessoa, bem como o conjunto delas, realize a finalidade para que foi criada e depois se salve eternamente. O demônio, pelo contrário, age para que as pessoas se desviem das finalidades para que foram criadas, procurem os prazeres imediatos, principalmente sensíveis, e por fim caiam na desgraça eterna.
Apostolado é, pois, qualquer atitude, ação, obra, etc., que aumente e intensifique a presença de Deus na(s) alma(s) e faça recuar o poder do demônio ou de quem faz o papel de demônio, nas pessoas ou nos ambientes.
Agora, deve-se considerar que qualquer pessoa verdadeiramente digna desse nome, o que deseja de outra pessoa, antes de tudo, é o respeito. Em segundo lugar, é afabilidade. Em terceiro lugar, é a disposição para perdoar. Portanto, o ponto de partida do êxito do apostolado verdadeiramente católico é saber praticar, de modo eminente, uma pessoa para a outra, essas três virtudes: respeito, afabilidade e perdão. Porque se duas pessoas ou mais tiverem um relacionamento calcado nessas três virtudes, toda a colaboração é boa e o apostolado é fecundo.
Entretanto, é bom ter presente que praticar de modo eminente tanto essas três virtudes como qualquer outra só se consegue com o auxílio da Santíssima Virgem, que é a Medianeira de todas as graças. Com a proteção de Nossa Senhora é possível manter a fidelidade, recuperar-se das quedas e alcançar a vitória. Pois Ela é a Esposa do Espírito Santo que renova todas as coisas, nos dá força para testemunhar com nossa vida mesmo diante do martírio, incruento ou mesmo cruento, em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Fonte: adaptação de vocacionadosdedeusemaria.blogspot.com/
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